quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mais uma vez, a mudança.
Mais uma vez, largar tudo, abandonar tudo, começar tudo outra vez.
Bom?
Ruim?
Já nem sei mais.
No início tudo empolga: sonhos, planos, rotina diferente.
Depois vem o tal período de adaptação.
Aguentar coisas, pessoas e situações que não me agradam.
Ouvir coisas que não aceito quieta.
Antes parecia que ia ser tão bom, tão legal, tão produtivo.
Agora já me incomoda.
Já tenho vontade de voltar.
Sinto falta da minha privacidade, dos meus amigos, da minha rotina.
Será que mais um tempo e eu me acostumo?
Serpa que mais um tempo e eu passarei a fazer parte "deles"?
Eu sequer sei se é isso que eu quero!
Eu gosto de ser quem eu sou, do jeito que eu sou.
Por enquanto, vou fazer de tudo para atingir meus objetivos inicialmente propostos.
Depois...
Depois eu vejo.
Um dia de cada vez!
Que tipo de interesse deve prevalecer?
Até onde deve ir o desejo de ser mais pra mim mesma?
Até onde é errado pensar que eu sou mais importante que o outro?
Por que o investimento pessoal é tão ruim?
Eu só quero crescer...
E quero que alguém cresça comigo!
E o que fazer se "alguém" não quer o mesmo que eu?
O meu conflito interno entre a razão e a emoção se intensifica a cada dia.
A distância adianta?
Ajuda?
Ainda não consigo ver o futuro que eu queria, que eu desejo.
Pelo menos não o futuro junto.
Ao mesmo tempo que carrego a culpa, me redimo dela, porque acho que fiz mais do que podia.
Será?
Tem como saber?
Às vezes não sei nem direito o que eu sinto.
O que vale para mim hoje é o mesmo que valerá amanhã?
Será que buscar o futuro sonhado é necessariamente abandonar os momentos felizes vividos?
Há realmente o sentimento?
Ou é o comodismo?
Tenho dúvida do que eu quero...
Tenho dúvida de quem eu sou!
Acho que é natural sentirmos falta de alguma coisa ou de alguém em determinados momentos da nossa vida.
Mas também acho que isso só é normal quando a falta é de algo ou alguém que já existiu, que já foi presente...
Não sei, hoje eu sinto falta, mais do que nunca, de um sentimento e de alguém que eu nunca tive, e que eu nem sei como é ter.
"Você não sente falta do teu pai?"
Falta de quem?
Quem é ele?
Isso realmente existe?
Ok, existe para os outros, é claro!
Eu não sei o que é essa "coisa" que todo mundo chama de "pai".
Bom, mesmo diante de todas essas dúvidas, hoje eu senti vontade de ter um suposto pai.
Não ele, porque nunca foi.
Mas um pai de verdade, alguém que chorasse quando eu estivesse triste, se preocupasse por eu voltar tarde pra casa, recebesse meus cartões feitos na escola nas datas que comemoram a sua existência...
É, eu não queria nada além daquilo que normalmente se tem.
Talvez eu não mereça, nem nunca mereci...
Será?
O que foi que eu fiz?...
Incrível como agora aparecem tantas perguntas, tantas dúvidas onde antes eu parecia ter tanta certeza.
Até quando eu vou aguentar essa agonia, esse sentimento de culpa, essa solidão?
Queria muito que tudo tivesse sido diferente desde o começo.
Quem sabe tudo não teria tomado outro rumo...
Ou talvez eu tivesse que passar por tudo isso e sofrer todas as consequencias que esses meus atos me reservam, sejam elas boas ou ruins.
Não faço outra coisa a não ser pensar.
Às vezes me arrependo, às vezes choro, às vezes fico feliz...
Mas tudo é tão inconstante que tenho medo do que o futuro me reserva.
Sei que o futuro a qual me refiro não é daqui tanto tempo assim;
Por isso eu tenho mesmo é que me preparar e respirar fundo, porque não vai ser fácil...
Não vai mesmo!


(velharia...)
O que está acontecendo com a minha cabeça?
O que estou fazendo com a minha vida e com as pessoas que fazem parte dela?
Por que uma atração fala mais alto que uma relação de tanto tempo?
Será que foi só essa atração?
O desejo cresce a cada dia que passa e em alguns momentos eu quase perco a razão.
É mentira dizer que isso não mexeu comigo, que não fez minha cabeça girar.
Mas não consigo sentir a segurança de que correr esse risco vai valer a ena.
Não há promessa de nada, sequer de uma simples "relação casual", e mesmo assim eu insito em querer, em desejar, em achar que pode ser meu.
Quero tentar, quero ousar, quero mudar.
Seja pra ser feliz nesse momento no mínimo estranho que estou vivendo, seja para ser feliz no futuro com a pessoa que tanto fez por mim, que tanto me amou e ainda me ama.
Deus...por que ele não me procura?
O que fiz com a minha vida?


(das antigas...)
Bom, e chegou o fim...
Um fim meio estranho se for levado em conta todos os sentimentos colocados pra fora.
O que realmente vale a pena?
Qual é o momento certo?
Qual a atitude que se deve tomar?
São todas as dúvidas que aparecem, e todas ao mesmo tempo, com uma intensidade assustadora.
Assumir toda essa responsabilidade, toda essa culpa exige um preparo e uma cultura que eu não tenho.
Mas pelo bem de quem tanto se doou pra mim, quem sempre me amou e valorizou...por esse alguém tudo vale a pena, ou pelo menos deveria valer.
Por que tem que ser assim?
Por que tinha que acontecer tudo junto justo agora?
Não sei se tenho que me arrepender dos meus atos e se esse arrependimento vai adiantar...
Eu sabia que essa solidão e essa angústia iriam aparecer.
E o mérito é todo meu, só meu!
Isso pode ser egoísmo, ingratidão, mas não tive a intenção de magoar ninguém.
Mais uma vez, eu estraguei a vida de alguém...
Por que eu fiz isso?



(long time ago....)

quarta-feira, 27 de julho de 2011


É brabo quando uma crise de existência faz a gente enxergar tanta coisa, e tanta coisa errada!
Ou será que essas coisas erradas é que teimam em querer aparecer?
É difícil a gente querer falar quando não sabe como e nem tem a quem escutar tudo o que tem a dizer...
É triste quando se olha pro lado e não vê nem sente alguém...
Quando olha pra frente e não enxerga futuro algum...
Quando olha pra trás e vê que nada foi feito, ou pelo menos nada que deveria ter sido feito.
Quem é certo?
Qual é o melhor lado?
Que sentimento permanece ou pelo menos deveria permanecer, mas antes de tudo, existir?
É no momento de crise, de fraqueza e de solidão que encontro meus piores momentos e desejo melhores dias, com sentimentos puros, reais e não tão racionais.
É no momento de medo de ficar só que alimento a esperança de dias felizes, com pessoas que me façam bem e com quem eu me sinta segura, protegida e querida, sendo que o justo é nem sequer precisar desejar pra ter...